03 de Junho dia do Donuts
"Farinha de trigo, fermento, açúcar, uma pitada de sal, canela, essência de baunilha, ovo e óleo para fritar."
Essa é basicamente a receita do Donuts, aquele doce americano em formato de rosquinha que ficou muito famoso por causa do desenho dos Simpsons, mas essa é também a receita do nosso tão amado Bolinho de Chuvas.
Então qual a diferença entre eles?
Bom o primo rico, sobrinho do Tio San, tem uma cobertura feita basicamente de mais açúcar (glacê rosa é a sua cobertura tradicional) e outras variações com chocolate derretido, granulados, amendoins entre outras tantas doses doces. Em formato de rosquinha para ficar mais fácil de segurar talvez, tem uma aparência mais sofisticada, a massa descansa por mais tempo, assim o fermento trabalha mais. Um doce no estilo americano, feito por algumas pessoas, para atender uma pessoa.
Enquanto o nosso bolinho de chuva, já nasceu sendo menosprezado: bolinho, um diminutivo que a primeira vista não causa impacto em seu primo Donuts. Mas sempre desperta em crianças e adultos memórias deliciosas, afinal sempre tem aquele que diz:
-Passe lá em casa depois, vou fazer um café com bolinho de chuva pra gente conversar.
-Tá frio né, vou fazer bolinho de chuva.
-Tá chovendo...hmmm vamos comer bolinho de chuva?
Até hoje não conheço quem diga,
-Vou ali comer Donuts com café ohh yes.
Analisando as duas receitas a única diferença é o tempo de descanso da massa, então você me pergunta:
-Por qual motivo não deixa o bolinho de chuva crescer também? Assim poderia ter donuts sempre, ao invés dos bolinhos de chuva.
A resposta para essa pergunta é simples: bolinho de chuva é uma receita feita por uma pessoa para servir muitos, imagine as crianças perguntando quando vai ficar pronto e a vovó tentando explicar sobre o fermento?
E já estava esquecendo de mencionar, nosso bolinho também tem cobertura, uma doce mistura de canela com açúcar que faz com que no final até os dedos sejam lambidos.
Mas com tanta gostosura procurei e não encontrei uma data que seja para comemorar esse doce original de Portugal e que hoje faz parte da infância de muitos nós.
Essa minha doce crítica é para valorizarmos os nossos: nossa cultura, culinária, língua; nossos costumes, colaboradores, filhos; infelizmente muitos ainda acreditam que o importado é sempre melhor e só lhe damos a atenção quando ele deixa de existir.
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